De acordo com um estudo do Murdoch Children’s Research Institute (MCRI), os adolescentes são 24% da população mundial. Contudo, eles recebem dez vezes menos que essa porcentagem em recursos de saúde e desenvolvimento, ou seja, apenas 2,4% dos investimentos globais na área vai para a juventude.
O MCRI ainda pontua os três principais desafios enfrentados por adolescentes: precariedade da saúde mental, altas taxas de obesidade e exposição agressiva às mudanças climáticas. Além disso, os jovens não estão seguros no meio digital e são vitimados pelo cyberbullying e pelas fake News.
Em uma projeção da Comissão Lancet de 2025 sobre Saúde e Bem-Estar de Adolescentes, até 2030, metade dos adolescentes viverá em países em que enfrentarão uma carga excessiva de doenças complexas. Isso se justifica pelo baixo investimento na prevenção de doenças e assistência à saúde mental.
Para reverter o atual paradigma, é necessário que haja defesa, atenção e abertura para as reivindicações dos adolescentes e encorajar esse grupo ao uso saudável das mídias digitais e do ciberespaço. Afinal, o apoio à saúde mental dos jovens melhora a economia, a saúde pública e cria uma sociedade melhor.