O HPV e a vacinação: a importância de reforçar a informação

out 17, 2017

A vacina contra o HPV foi incluída no Calendário Nacional de Imunização em 2014 e o governo brasileiro a considera, em concordância com outros países, a mais relevante estratégia para prevenção dos cânceres de colo uterino, vulva, pênis, ânus e orofaringe. No entanto, a desinformação e o preconceito têm impedido que as metas de imunização sejam alcançadas, comprometendo o sucesso do programa e mantendo em risco gerações de brasileiros que poderiam evitar uma série de doenças graves com apenas duas injeções.

O governo tem ampliado a abrangência da campanha segundo os estoques nos estados, com as recomendações gerais de imunização: meninos na faixa etária de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos devem tomar duas doses, sendo aplicadas com intervalo de seis meses entre elas. Homens e mulheres de 9 a 26 anos, vivendo com HIV podem ser imunizados,  bem como os transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos de 9 a 26 anos.

No mundo, os HPVs são responsáveis por cerca de 250.000 óbitos pela doença a cada ano. Aqui no país, é cada vez mais evidente o papel das infecções pelo vírus como causa de tumores de cabeça e pescoço. A vacina tem a capacidade de imunizar as crianças, protegendo, com ação dos anticorpos, contra o primeiro contato contra o HPV. Calcula-se que entre 30% a 70% das pessoas sexualmente ativas estejam infetadas por pelo menos um tipo do vírus. A vacina impede, ainda, infecções secundárias, as lesões pré-malignas decorrentes das infecções e, por fim, os tumores das regiões acima citadas.

O que dizem as pesquisas

Recentemente, dois importantes estudos internacionais comprovaram a importância da vacinação. A primeira, publicada no Journal of the National Cancer Institute, mostrou que o efeito da vacina contra o HPV pode ser mais amplo do que se pensava. A vacina contra o HPV protege contra dois subtipos do vírus, o 16 e o 18, que aumentam o risco de câncer. Essa análise revelou, no entanto, que a incidência de outros subtipos oncogênicos, como 35, 52, 58, 68 e 73, foi muito menor em pessoas vacinadas do que nas que não foram imunizadas. O levantamento foi feito com 21.596 mulheres.

Outro estudo, envolvendo 2.627 homens e mulheres entre 18 e 33 anos, avaliou o papel da vacina na diminuição da infecção oral por HPV. Em relação ao grupo não vacinado, o grupo imunizado teve um porcentual de infecções 88% menor. O estudo mostra uma redução significativa da infecção pelo HPV numa população jovem vacinada. E é uma prova que, talvez, a redução da infecção possa ser uma arma potente para a diminuição do câncer de cabeça e pescoço.

(Fonte: veja.abril.com.br)

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